28.5.03

Notícias

No segundo dia de protesto contra o aumento da passagem do transporte coletivo urbano, cerca de mil estudantes saíram em passeata pelas ruas centrais de Joinville. O protesto foi marcado por confusão com a Polícia Militar, que utilizou 130 policiais para conter a manifestação no terminal central. Houve ameaça de conflito por volta das 19h30, na rua Nove de Março, quando policiais com moto e da cavalaria tentaram impedir a passagem do caminhão-de-som do movimento. O trânsito ficou interrompido por cerca de uma hora.
Liderados pelo Fórum do Transporte Municipal e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), os estudantes se reuniram na estação central a partir das 17h30. Desde então, as empresas Transtusa e Gidion, permissionárias do serviço, interromperam a entrada e saída de passageiros e ônibus no terminal, mudando os pontos de embarque e desembarque para outros do centro, como a Prefeitura, a avenida Beira-rio e a catedral. Cerca de 20 linhas foram afetadas. Para garantir a integração, foram distribuídos tíquetes aos usuários. Mesmo assim, houve reclamações. "O motorista não me deixou entrar fora do terminal e pediu para eu pagar outra passagem", queixou-se a zeladora Milena Vieira, que pretendia ir para o bairro Itaum, na zona Sul.
Um dos carros-de-som dos manifestantes foi apreendido. O Fusca LXQ 5020 (Joinville), do vereador Adilson Mariano (PT), estava com licenciamento vencido, informou a PM. Os estudantes então usaram um caminhão da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Às 19 horas, interromperam o trânsito na avenida JK. Estudantes mais exaltados quebraram sinaleiras de um ônibus da Gidion e uma janela de um veículo da Transtusa.
Em seguida, fecharam a passagem de veículos, na rua Nove de Março, onde quase entraram em conflito com policiais, que ameaçaram impedir a passeata. Os estudantes encerraram o protesto, às 20 horas, cantando o Hino Nacional. O subcomandante da PM, major Calixto Fachini, estimou que mil pessoas participaram do ato. Os organizadores pretendem repetir o protesto hoje, às 17 horas, em frente à Câmara. Eles reivindicam a suspensão do decreto do Executivo, que reajustou a tarifa de R$ 1,40 para R$ 1,60 (compra antecipada) e de R$ 1,75 para R$ 2,00 (aquisição no ônibus).

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As empresas Transtusa e Gidion declararam que "gostariam de ter a mesma prerrogativa de se rebelarem quanto aos aumentos absurdos de itens que influenciam diretamente o custo da passagem". Segundo informaram, de julho de 2001 até o momento, por exemplo, enquanto a passagem foi reajustada em 33%, o óleo diesel subiu 69% no mesmo período.
Argumentam que o salário do motorista, por outro lado, foi reajustada em 47%, passando de R$ 650,00 para R$ 957,00. "Os custos levantados pela planilha de Joinville não são diferentes daqueles apurados em prefeituras do PT de cidades de igual porte", comparam.
Quanto ao protesto, se pronunciaram declarando que "não aceitam que os descontentes excedam o seu direito de manifestação, invadindo o direito de ir e vir dos demais cidadãos". As permissionárias do serviço observam que as manifestações que extrapolarem os limites da legalidade irão sofrer as ações judiciais que cada caso requerer. O gabinete do Executivo informou à tarde que o prefeito em exercício, Darci de Matos (PFL), não iria comentar o protesto dos usuários.(DV)


Fonte : http://www.an.com.br/2003/mai/28/0cid.htm
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"Transtusa e Gidion , vc's e o monopolio que vão para o inferno.
Tebaldi, vc não vai ganhar eleição nem pra sindico de apartamento.
Protestos exaltados? Imagina se fosse em Sampa? Já teriam colocado fogo em alguns articulados.

Passagem mais cara , diga que vc tem.
"

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